“Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema”, dirigido por Aída Marques e Ivelise Ferreira, tem sessão especial na ABL e data de estreia confirmada 

Documentário passou pelos principais festivais de cinema do Brasil e do mundo e chega aos cinemas nacionais no dia 16 de novembro 

Depois da estreia mundial no Festival de Cannes, onde competiu na mostra Cannes Classics, e de passar pelos principais festivais de cinema do Brasil – tendo sido selecionado para a Mostra Retratos do Festival do Rio e com sessão especial na Cinemateca Brasileira na Mostra SP –, o longa-documentário “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema”, dirigido por Aída Marques e Ivelise Ferreira, viúva do cineasta, será exibido na Academia Brasileira de Letras (ABL) no próximo dia 9 de novembro, às 17h30. Explorando a obra e o legado de um dos maiores cineastas brasileiros, o filme, que estreia no dia 16 de novembro, é uma coprodução da Globo Filmes, Canal Brasil e GloboNews, com distribuição pela Bretz Filmes e patrocínio da Neltur. 

  Ao longo de seis décadas, a obra de Nelson Pereira dos Santos projetou o Brasil aos olhos do mundo. Precursor do Cinema Novo, Chévalier de la Légion d’Honneur e Comendador des Arts e de Lettres na França, Nelson foi mais que um realizador, foi um ideólogo e um pensador do seu país. Reunindo um material com mais de 80 horas de gravações de arquivo, “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema” é narrado em primeira pessoa e exibe o percurso desse grande cineasta brasileiro, cujo talento atravessou fronteiras e conquistou importantes premiações internacionais.  

  Como conta Ivelise, “a decisão de inscrever o documentário no festival de Cannes não foi à toa. Os filmes de Nelson sempre foram muito bem recebidos em Cannes, e dois deles foram premiados: em 1964, ‘Vidas Secas’ ganhou o Prêmio OCIC, e, em 1984, ‘Memórias do Cárcere’ recebeu o Prêmio FIPRESCI”. 

  Entre filmes e vídeos de acervo, “encontramos Nelson em várias idades”, revelam as diretoras. “Descobrimos verdadeiras preciosidades, como as imagens inéditas do início dos anos 60, quando Nelson era jovem, além do making of de ‘Juventude’, o primeiro filme que Nelson fez”, conta Ivelise. “As imagens praticamente inéditas das gravações de Radamés Gnattali com Tom Jobim, para o programa da TV Manchete com o mesmo título que originou o celebrado filme ‘A Música Segundo Tom Jobim’ são outro valioso achado”, completa Aída.   

  Os relatos de sua vida pessoal e processos criativos conduzem o percurso dessa produção que transborda brasilidade. A trilha sonora, feita especialmente para o documentário, também é uma homenagem ao diretor. De autoria de Tim Rescala, ela traz referências de Villa Lobos e Tom Jobim, dois dos compositores brasileiros preferidos de Nelson.  

Confira o trailer:

  

  Sinopse:  

Ao longo de seis décadas, o cinema de Nelson Pereira dos Santos projetou o Brasil aos olhos do mundo. Precursor do Cinema Novo, Chévalier de la Légion d’Honneur e Comendador des Arts e de Lettres na França, Nelson foi, mais que um realizador, um ideólogo, um pensador do seu país.   

  No Festival de Cannes, “Vidas Secas” (Prix OCIC, Prix de la Jeunesse), “Azyllo Muito Louco” e “O Amuleto de Ogum” competiram pela Palma de Ouro. “Quem é Beta?”, “Como Era Gostoso o Meu Francês” e “Memórias do Cárcere” (Prêmio FIPRESCI) participaram da Quinzena dos Realizadores. “Cinema de Lágrimas”, realizado a convite do BFI, teve sua estreia em sessão comemorativa dos 100 anos do cinema. Em 2012, “A Música Segundo Tom Jobim” foi exibido em sessão-homenagem ao cineasta brasileiro.   

   NELSON PEREIRA DOS SANTOS 

Colecionador de homenagens, Nelson Pereira dos Santos foi o primeiro cineasta eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 2006. Também Bacharel em Direito, professor e jornalista, criou o primeiro curso de cinema do país, na Universidade de Brasília – UNB, e fundou o curso de graduação em cinema da Universidade Fluminense – UFF. Um dos mais recentes sucessos de Nelson foi a “A Música Segundo Tom Jobim”, de 2012, que surpreendeu os apaixonados por cinema: o diretor abriu mão de uma cinebiografia clássica do músico e exibiu imagens de arquivo de uma série de interpretações (nacionais e internacionais) de músicas do compositor, sem qualquer tipo de narração ou legenda.  

  Entre as obras de Nelson Pereira dos Santos constam “Rio, 40 Graus” (1955), “Rio Zona Norte” (1956), “Vidas Secas” (1963), “Fome de Amor” (1968), “Azyllo Muito Louco” (1970), “Como Era Gostoso O Meu Francês” (1971), “Tenda dos Milagres” (1977), “O Amuleto de Ogum” (1973), “Estrada da Vida” (1980), “Memórias do Cárcere” (1984), “A Terceira Margem do Rio” (1994), “Cinema de Lágrimas” (1995), série realizada com outros cineastas, entre os quais Martin Scorsese e Jean-Luc Godard, “Casa Grande e Senzala” (2000), “Raízes do Brasil” (2003), “Brasília 18º” (2006), “A Música Segundo Tom Jobim” (2011) e “A Luz do Tom” (2013).  

AÍDA MARQUES | Diretora 

Doutora em cinema pela ECA-USP, Aída Marques é cineasta e produtora com mais de 30 anos de experiência. Entre seus trabalhos mais destacados estão: “Expedito” (2006), vencedor do prestigiado prêmio da CNBB, Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Etnográfico, e apresentado na Mostra Internacional de Cinema do Rio, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo Festival de Cinema Autres Brésils (França); “Abdias Nascimento” (2011), exibido no Festival Internacional de Cinema do Rio e no Cinesul; e “Trágicas” (2019), estreado no Festival de Cinema de Tiradentes e premiado no Festival de Cinema El Ojo Cojo (Espanha).  

Aída foi a idealizadora de uma série de exposições sobre cinema no Rio de Janeiro, trazendo ao Brasil a Expo(r) Godard, sobre o lendário cineasta e Vistas Lumière, sobre os pioneiros Irmãos Lumière, e a oficina de crítica de cinema Questão de Crítica. É professora emérita de Cinema e Audiovisual, curso fundado por Nelson Pereira dos Santos na Universidade Federal Fluminense, UFF.  

Recentemente, Aída Marques dirigiu o documentário “Agudas: Os Brasileiros de Benin” (2023) e “Nelson Pereira dos Santos – Uma Vida de Cinema”.  

IVELISE FERREIRA | Diretora  

Formada em licenciatura em artes cênicas pela Universidade de Brasília, UnB (1982) e administração e marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ESPM/RJ (2003). Iniciou sua carreira em cinema no Centro de Produção Cultural e Educativa, CPCE – UnB (1988) produzindo documentários sobre produção de alimentos por associações de agricultores no entorno de Brasília, populações quilombolas e impactos da universidade de Brasília na formação da cidade.  

Em 1991 trabalha como assessora do cineasta Nelson Pereira dos Santos na criação do Polo de Cinema e Vídeo de Brasília. A partir desse trabalho torna-se assistente de direção e de produção do diretor nos filmes: A Terceira Margem do Rio, (1993) O Cinema de Lágrimas da América Latina, (1995) Casa Grande & Senzala, (2000) Raízes do Brasil, (2002) Brasília 18%, (2005) A Luz do Tom, (2012) e A Música Segundo Tom Jobim, (2011).  

2023 – Direção “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema”.  

    

Ficha Técnica   

Argumento: Ivelise Ferreira   

Direção: Aída Marques e Ivelise Ferreira   

Produção executiva: Aída Marques   

Roteiro: Bernardo Florim, Ivelise Ferreira, Aída Marques e Luiz Guimarães de Castro Pesquisa de imagens: Laís Rodrigues   

Montagem: Luiz Guimarães de Castro   

Composição e regência: Tim Rescala   

Designers: Pedro Kuperman, Thomas Mendel e Bady Cartier   

Produção: MP2   

Coprodução: Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil   

Patrocínio: Neltur   

Finalização: Afinal Filmes   

Desenho de som e mixagem: Damião Lopes   

Fotografia adicional: Luiz Abramo   

   

   

GLOBO FILMES e GLOBONEWS | Coprodutoras 

Globo Filmes e GloboNews assinam juntas a coprodução de mais de 100 documentários, que alcançaram mais de 15 milhões de audiência e estiveram em mais de 300 festivais no Brasil e no mundo. “Sinfonia de um homem comum”, de José Joffily, “Marinheiro das Montanhas”, de Karim Aïnouz, e “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz, são alguns destaques.  

CANAL BRASIL | Coprodutora 

No ar há mais de duas décadas, hoje é o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos, além de programas de entrevistas e séries de ficção e documentais. Sua pauta é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.  

  

BRETZ FILMES| Distribuidora   

Com mais de 30 anos de presença no mercado cinematográfico, a Bretz Filmes vem atuando como distribuidora e produtora associada, tendo distribuído filmes de renomados diretores como Walter Salles, Karim Ainouz, Eduardo Coutinho, Helena Solberg, Sandra Kogut, Sérgio Machado, Flávia Castro, Izabel Jaguaribe, Marina Person, Nelson Pereira dos Santos, Ricardo Calil, Renato Terra e Heitor Dhalia. Seu diretor, Luiz Bretz, também dirigiu por 10 anos a área de distribuição da VideoFilmes. Atualmente a Bretz Filmes é uma das principais distribuidoras de documentários e filmes de autor nos cinemas do Brasil.  

  

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